Passava das 21h quando Gisele Bündchen, 42, desembarcou em frente à Pinacoteca, na região da Luz (centro de São Paulo), para seu primeiro evento público no Brasil desde que se separou. No finalzinho de outubro, após muita especulação, ela e o astro do futebol americano Tom Brady, 45, anunciaram que estavam se divorciando.
Foi só a modelo botar a primeira perna para fora do carro que os flashes começaram a pipocar, o que perdurou enquanto ela subia as escadarias e chegava ao saguão do edifício histórico. O mesmo percurso já havia sido feito minutos antes por celebridades, como Claudia Raia, Gloria Pires e Sasha Meneghel. Nenhum provocou tanto frisson.
Não que algum dos presentes tenha arrancado dela uma declaração bombástica sobre por que o casamento dela acabou ou sobre o suposto novo affair que ela estaria vivendo com um professor de jiu-jitsu –a modelo não falou com a imprensa. É que quando Gisele chega, até os próprios famosos se agitam.
Enquanto ela posava para fotos, várias celebridades aguardavam a deixa para se aproximar e aparecer ao lado dela. Precavidas, as influenciadoras de moda já chegavam com alguém de seu staff a postos para registrar o encontro.
Fazia cerca de 12 horas que a gaúcha tinha pousado na capital paulista na companhia dos filhos Benjamin e Vivian Lake, vinda dos Estados Unidos, onde mora. Mas para ela não parece haver jet lag.
Simpática, Gisele atende a todos, distribui sorrisos, manda beijos e abraça quem se aproxima como se fosse alguém querido que não vê há tempos. Parece estar em casa, recebendo os amigos. Porém, para a convidada de honra do evento –um jantar comemorativo pelos 60 anos da joalheria Vivara, marca da qual é garota-propaganda há 12 anos– o tempo é curto e a passagem pela festa cronometrada, então ela logo é puxada para outro ambiente.
A modelo atravessa a passarela –não a de alguma semana de moda, mas uma das projetadas pelo arquiteto Paulo Mendes da Rocha na reforma feita no prédio nos anos 1990– e desce as escadas, onde dá de cara com uma escultura enorme de um torso humano. Ela para um segundo para admirar a peça, um dos Atlantes (coluna com forma humana masculina típica da arquitetura grega) que ocupam o espaço. “Olha isso, gente!”, elogia a quem estava por perto.
Logo depois, chega a uma das duas mesas de 60 lugares que foram instaladas no pátio interno da Pinacoteca. Sem lugar marcado, escolhe ficar quase na ponta, com dois seguranças a tiracolo, controlando quem pode se aproximar. De um lado, a irmã e assessora, Patricia Bündchen. Do outro, o amigo e artista visual Giovanni Bianco.
Marina Ruy Barbosa, de barriga de fora, estava duas cadeiras depois. Já Cauã Reymond sentou-se bem na frente da modelo. No meio da noite, com calor, tirou o paletó e ficou só de camiseta branca, com os músculos à mostra. Quem não conseguiu um lugar próximo, dava um jeito de passar por ali de tempos em tempos.
Mal Gisele se senta e já pergunta para a garçonete que chegou com uma bandeja de quitutes: “O que é isso?”. Eram arancinis (bolinhos de risoto). “Hummm, boooom! Prova isso!”, diz à irmã.
Depois, ela ainda experimentaria o menu inspirado em elementos brasileiros assinado pelo chef Alex Atala, que tinha salada de feijão-manteiguinha, mousseline de mandioquinha com berinjela e pirarucu com azeite de ervas, entre outros elementos.
Enquanto os pratos são servidos, a cantora Agnes Nunes começa uma apresentação. Empolgadíssima, Gisele balança os ombros, dançando sem sair da cadeira, e aplaude bastante. Quando Maria Gadú é chamada ao palco para uma série de duetos, então, a modelo deixa claro que é o repertório a agradou em cheio, enquanto canta animada toda a letra de “Shimbalaiê”.
Concluído o show e o jantar, a modelo puxou palmas para a dupla e ainda faz questão conversar com elas. “Falamos sobre luz, que é algo que nos une, ela é muito iluminada”, conta Nunes. “Ela estava cantando todas, você viu?”
Minutos depois, entre um pedido de foto e outro, Gisele se encaminha para a saída. Quem não conseguiu garantir uma selfie ainda, corre atrás até o último minuto, até ser barrado por um segurança que restringia o acesso a uma saída alternativa da Pinacoteca, onde um carro aguardava para levar a modelo embora. Tudo devidamente registrado, claro, pelos fotógrafos que a aguardavam do lado de fora do evento.