O músico e apresentador João Gordo deu detalhes da sua passagem pela Record TV. Ele fez parte da atração “Legendários”, que foi criada e comandada pelo apresentador Marcos Mion de 2010 a 2017. O integrante da banda Ratos de Porão contou no podcast “Inteligência Ltda” que quando recebeu o convite para migrar de emissora, ele estava de “saco cheio” da MTV, pois perdeu seu programa, o “Gordoshop”, por criticar as bandas de sucesso da época. “As gravadoras começaram a exigir que meu programa saísse do ar. Eu comecei a falar mal do NX Zero, Cine, Restart. Eu quebrava o CD [deles]. Fizeram muita pressão e me tiraram do ar”, contou. Quando foi convidado por Mion para participar do “Legendários”, ele achou que não daria certo por conta da relação que a Record possui com a igreja Universal. A contratação, no entanto, deu certo e João Gordo passou a receber R$ 50 mil por mês para participar do programa.
Na emissora, ele garantiu que nunca foi censurado. “Ninguém me encheu o saco, eu lá cheio de capeta, ninguém falava nada”, comentou o apresentador, que mesmo com um salário alto e com participações a cada 15 dias, não gostava de fazer parte da atração. “Era meio ruim, eu tinha vergonha do programa. Fiquei quatro anos. Eu tinha que ir, [porque] ganhava essa grana.” João Gordo disse que chegou a inventar que estava doente para não participar mais da atração, mas o apresentador do “Legendários”, que atualmente comanda o “Caldeirão”, na Globo, o mantinha no programa. “O Mion começava a inventar umas coisas para eu fazer. ‘Agora você vai cantar com a Ivete Sangalo. Agora você vai cantar com o Netinho. Agora você vai cantar com a Claudia Leitte’. Eu falei: ‘Eu canto, cara, sei cantar música baiana’. Da minha parte, era zoeira, não queria estar ali, mas já que estava fod*-se”, concluiu.
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