O Brasil enfrentou Gana com cinco jogadores ofensivos e a missão de entender melhor quando será possível ou necessário escalá-los na Copa do Mundo do Catar. Talvez Gana não tenha sido o melhor adversário para Tite encontrar a resposta. Pelo menos ficou evidente o potencial estético da formação. A seleção venceu por 3 a 0 nesta sexta-feira em Le Havre (FRA) transitando entre momentos de baile e o ritmo descompromissado de um treino.
Os pentacampeões voltam a jogar na terça-feira, contra a Tunísia, no Parc dos Princes, em Paris. Será o último amistoso antes da estreia na Copa do Mundo, dia 24 de novembro, contra a Sérvia, no Lusail.
O quinteto
Dos cinco escalados na frente, apenas Raphinha não conseguiu colaborar muito para essa nova engrenagem, potencialmente espetacular. Neymar assume naturalmente um papel de liderança diferente daquele acostumado a exercer com a camisa do Brasil. Em vez de ser o jogador individualista de outros tempos, ele organiza o time, dita o ritmo e encontra espaços para os companheiros brilharem. O entrosamento com Vini Jr. evolui e o atacante do Real Madrid leva cada vez mais para a seleção a grande fase vivida pelo time espanhol.
Lucas Paquetá, como meia, ofereceu ótimas infiltrações, vindo de trás da linha da bola para receber passes e assim surpreender a defesa adversária. E Richarlison foi o homem-gol que Tite busca, em meio a essa fartura de alternativas. Ele fez o segundo e o terceiro gol. Primeiro, com uma finalização de primeira. Depois, de cabeça, aproveitando a bola cruzada na área.
Marquinhos foi quem abriu o placar, cabeceando bem cobrança de escanteio. Isso tudo ocorreu no primeiro tempo. O bom futebol da seleção, às vezes encantador, encontrou um adversário dos mais fracos.
Talvez por isso, na segunda etapa, o Brasil entrou desconectado da partida. Gana cresceu um pouco, nada preocupante. Tite fez mudanças em sequência e a seleção ainda conseguiu criar algumas chances de gol.
Fonte: Extra