Estender a mão como oferta de amor e suporte para ajudar mães, pais e famílias que vivenciam a morte de um filho e ajudá-los a atravessar esse período mesmo quando a sociedade não os oferece a atenção necessária. O Instituto Amor Nosso (IAN), realiza uma exposição fotográfica com o tema: Memórias que falam de amor, a exibição mostra a importância da fotografia na construção da história de uma família, ainda que alguns membros não estejam presentes, o amor está, o amor permanece mesmo após a morte. A exposição fica em cartaz até o dia 30/03, de forma gratuita, de 8h às 12h, lá no Pavilhão Universal, localizado na Praça Tenreiro Aranha, no centro de Manaus.
Propósito da Exposição
A iniciativa de realizar a exposição é comunicar a realidade do luto parental na perda gestacional, neonatal e infantil, facilitando o acesso da sociedade ao tema, estimulando a educação sobre vida, morte, luto e ressignificações através da fotografia, além de um passo importante na recuperação das famílias enlutadas, proporcionando uma recordação que valida à existência destes bebês ao honrar seu legado de amor.
De acordo com a organizadora do evento e criadora do instituto, Caroline Loureiro, “a sociedade ainda não está preparada para conversar sobre a morte, sobre o luto. Acessar esse tema pelas lentes do amor é uma forma de contribuir estimulando o debate e a reflexão. Pois estas famílias tiveram um bebê, mesmo que por um período curto, eles foram pais e continuam sendo. Só reconhecendo esta maternidade/paternidade a sociedade estará pronta para acolher de forma respeitosa e empática.”
Caroline Loureiro, organizadora do evento e criadora do Instituto Amor Nosso – Foto: João Viana
Luta pela implementação de leis
O instituto também busca através de caminhadas e exposições o olhar das autoridades para que implementam leis e protocolos que auxiliem no processo de acolhimento, empatia e humanização no atendimento hospitalar nos mais diversos setores, em situações de perdas na gestação a qualquer tempo, no parto e pós-parto, e na infância. Lutar para que os pais tenham direito de ter um tempo para se despedir deste filho (a), receber uma Certidão de Amor com o carimbo do pezinho, uma mecha de cabelo, fotografias, uma caixa de memórias ou alguma lembrança física deste bebê que possa favorecer o processo de elaboração e ressignificação do luto destes pais. Realizar ações e educar através delas, mostrando para a sociedade que os filhos continuam sendo amados, lembrados e fazendo parte da história da família eternamente.
Lutar pela implementação de leis, protocolos que auxiliem no processo de acolhimento, empatia e humanização no atendimento hospitalar nos mais diversos setores, em situações de perdas na gestação a qualquer tempo, no parto e pós-parto, e na infância. Lutar para que os pais tenham direito de ter um tempo para se despedir deste filho (a), receber uma Certidão de Amor com o carimbo do pezinho, uma mecha de cabelo, fotografias, uma caixa de memórias ou alguma lembrança física deste bebê que possa favorecer o processo de elaboração e ressignificação do luto destes pais. Realizar ações e educar através delas, mostrando para a sociedade que os filhos continuam sendo amados, lembrados e fazendo parte da história da família eternamente.
“O fato é que quando a história não continua da forma desejada, quando se espera vida e vem morte, estes pais enlutados precisam lutar para sobreviver, reorientar a vida, ressignificar e recomeçar, é um desses caminhos é seguir transformando a dor em amor. Os registros fotográficos são uma forma de comunicar para os que não vivem a realidade do luto parental na perda gestacional e neonatal trazendo à luz este tema tabu”, afirma Carolina Loureiro.