O ano de 2021 encerrou com a mais alta inflação (10,06%) desde 2015, conforme aponta o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e isso reflete no poder de compra, nos preços dos alimentos, produtos e serviços, no valor de aluguéis, salários, assim como em todo o cenário econômico.
Outro fator que causa impacto em diversos segmentos é a alta do dólar . Em março do ano passado, atingiu seu pico de R$ 5,797 e seu menor valor foi em junho, R$4,905. Com uma média elevada , isso impacta também o setor automotivo, ainda que estejamos falando do valor de carros nacionais.
Isso ocorre principalmente porque muitos componentes dos veículos são trazidos de fora. Para se ter uma ideia, mesmo num modelo de entrada, cerca de 40% de suas peças são importadas. A Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) estima que o reflexo dessa alta do dólar acarrete uma média de R$ 2.640 a mais na produção dos veículos.
Comparando o mercado de carros novos, houve queda de 5,4% nas vendas em relação ao ano anterior, ao passo que o mercado de seminovos e usados cresceu mais de 15% em relação a 2020. Para o ano que se inicia, a expectativa é de melhora no setor. A Anfavea estima uma alta de 4,9% nas vendas de automóveis em 2022.
Ainda é cedo para termos certezas, mas as projeções para este ano são positivas, basta saber se a moeda internacional vai cooperar. Vale lembrar que neste ano haverá eleições presidenciais no país e isso também mexe na economia do Brasil. Vamos aguardar.