O reparo de um cabo submarino destruído pela erupção do vulcão Hunga Tonga-Hunga Haa’pai no Tonga pode levar até quatro semanas para ser concluído, mantendo o país praticamente incomunicável. A informação foi confirmada pelo ministério das Relações Exteriores da Nova Zelândia nesta quarta-feira. Em comunicado, a Pasta informou que esse foi o prazo estabelecido pela empresa norte-americana SubCom, responsável pelo serviço.
Desde sábado, a comunicação com o país é possível apenas através de alguns telefones via satélite, mantidos principalmente por embaixadas estrangeiras na capital Nuku’alofa. Ainda segundo a Nova Zelândia, a empresa de telecomunicações Digicel deve estabelecer nesta quarta uma conexão 2G provisória na região, que prioriza comunicações de voz e SMS. A conexão deve ser “limitada e irregular”, cobrindo cerca de 10% da capacidade.
Na terça-feira, o primeiro-ministro de Tonga Siaosi Sovaleni informou que, até o meomento, quatro mortes foram confirmadas após o “desastre sem precedentes”. Uma das vítimas é uma mulher britânica que administrava um abrigo para animais que viviam nas ruas. O premier ressaltou que o número de mortos pode aumentar, e que o governo ainda não conseguiu fazer contato com várias ilhas habitadas.
Até o momento, imagens de satélites apontam que pelo menos duas pequenas ilhas da região, Mango e Fonoifua foram quase que totalmente destruídas após a explçosão que cobriu o país de cinzas e gerou um tsunami com ondas de 15 metros. Em mango, onde vivem cerca de 50 pessoas, não restou nenhuma habitação intacta, e apenas duas casas permanecem de pé em Fonoifua.
Voluntários estão varrendo a pista do aeroporto principal para permitir que aviões levem água potável e outros suprimentos ao país. Um representante da ONU para a região disse à BBC que, embora a remoção do material tenha se mostrado mais difícil do que o esperado, um bom progresso foi feito. Ele espera que os voos “sejam retomados em breve”.